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SVP SERIES
publicação
formato A5

2021

FILMSERIESMOCKUP.jpg

[Preview em vídeo brevemente disponível]

rua 7 
publicação independente
analogue photography, 35 mm, formato a4

disponível para compra
2020-2021

[PT] SVP, film series é um estudo visual do arquivo familiar alheio, que nasce do projeto 1947, desenvolvido em 2021. Partindo da análise de uma fita analógica de uma ex-moradora do antigo Bairro S. Vicente de Paulo, é explorada a manipulação física do objeto manual em laboratório analógico através da ampliação em papel de prata.
No papel, plano que alberga o conteúdo familiar, acontecem uma série de intervenções plásticas, com vista a anulação da identidade específica e a criação de uma identidade comunitária.

[Preview em vídeo brevemente disponível]

[PT] Desde o ano 1500, existe a segregação do lado Ocidental (centro) e Oriental (Campanhã), na cidade do Porto. Com o descuido de um destes polos, o lado Oriental foi, desde então, o local de expansão da cidade, para onde eram “empurradas” as camadas sociais trabalhadoras e, consequentemente, a produção industrial. É no lado Oriental do Porto que, por razões sociais, são encontrados inúmeros espaços destruídos e abandonados, sem plano futuro.
No seguimento de uma viagem ao Irão, o segundo país da minha nacionalidade, surge uma série fotográfica em torno da imagética da degradação citadina, do estado de amnésia urbanística e da memória do legado físico da minha família. A partir do confronto com esta patologia urbana do Médio Oriente, e da sua segregação do ocidente, acabo por a rever na cidade do Porto, também ela na sua dualidade oriental e ocidental.
É na relação da palavra Oriental, com a patologia de marginalização da cidade, que surge o interesse na busca do legado metafísico do espaço, da aura familiar e do vestígio doméstico, contaminado pelo estado amnésico urbano, no Porto Oriental. A atração por zonas da cidade que remontam para o questionamento destes conceitos foi crescendo ao longo do tempo, tendo-se traduzido em projetos que têm por objetivo a reclamação do espaço habitacional familiar, agora público.

Com construção em 1947, o Bairro de S. Vicente de Paulo, situado em Campanhã, surgiu como um espaço resultante desta segregação marginalizada e da sobrelotação do corpo central da cidade, acabando por se reger através de nichos habitacionais com dinâmicas sociais distintas. Caindo no habitual ciclo infindável da construção-destruição/abandono, S. Vicente de Paulo foi destruído em 2005, com a promessa de um melhoramento breve. Passados 15 anos, este é agora um espaço vazio que, outrora, foi um lugar de memória.
Marcado pelos seus antigos arruamentos e vivo pela deambulação dos seus ex-habitantes, o bairro é ainda um ponto de encontro e de movimentações, da população saudosa do “ar de casa”. Assim, nasce o projeto fotográfico “rua 7”: uma eternização do estado amnésico em que o bairro se encontra e da exploração do sentimento de perda e marca familiar no espaço físico destruído.

 

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